
Educação
MORDIDAS NA ESCOLA - O QUE FAZER?
O texto abaixo refere-se a um acontecimento que pode ocorrer na fase dos 2 aos 3 anos: as mordidas.
Elencamos abaixo algumas dicas para saber como lidar quando seu filho é a vítima da mordida ou quando é o autor da dentada em um coleguinha da escola ou mesmo em um adulto.
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Por que as crianças mordem?
Mais que uma reação de raiva, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, são uma forma de comunicação e expressão de sentimentos. Nessa primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma que ela tem para se expressar , para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, e a mordida é uma delas. As manifestações corporais são usadas para manifestar descontentamento, alegria, descobertas.
“ O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar a atenção”.
2 O que é a fase oral?
Trata-se de uma fase muito estudada e difundida tanto na Medicina quanto na Psicologia pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud, que vai do nascimento até por volta dos dois anos de idade. Nessa idade as necessidades, percepções , prazer estão concentradas na boca, lábios e outros órgãos relacionados com a zona oral. É muito comum, observarmos crianças dando mordidas ao primeiro sinal de ‘ estresse’ .
Este é um dos mais importantes e mais primitivo estágio do desenvolvimento infantil, quando a criança ainda é egocêntrica, ou seja, acredita que o mundo funciona e existe por sua causa. Sendo assim em sua concepção , tudo que deseja deve ser prontamente atendido e, quando isso não ocorre ... nhac !
3 Como as crianças aprendem morder?
As crianças não nascem sabendo dar mordidas, assim como não nascem sabendo dar tapas. Quem ensina as crianças a morder, beliscar ou bater são os próprios adultos e as crianças mais velhas. A criança assiste a essas formas de comunicação e a partir daí vai usando esse meios para se comunicar também.
4 Em quais situações as crianças mordem ?
Várias situações podem levar a criança a morder. Por exemplo, mudança de sala de aula, a disputa por um brinquedo ou mesmo pela atenção de outras pessoas.
5 Como lidar quando a criança morde?
Quando a criança morde outra pessoa, é importante a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja . Pode-se dizer, por exemplo: ‘se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele’ ou ‘ você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo ‘ . Cabe ao adulto transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem. Esse é um grande objetivo da educação, tanto na escola quanto em casa. Quando esse ensinamento não é dado logo cedo, as crianças crescem e mantém as atitudes corporais para conseguir o que querem.
6 O que fazer se o seu filho for mordido por outra criança ?
A mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças. Os pais da criança “mordedora” sentem-se envergonhados e os pais da criança mordida ficam chateados pelo machucado do filho . O papel da escola é mediar as relações entre as crianças e seus familiares para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar “ bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado”. Tanto a escola como os pais devem aproveitar esse momento para ensinar as regras de convivência ( os famosos combinados).
A criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém NUNCA deve ser incentivada a revidar, ou seja , a morder também.
O fato das mordidas fazerem parte de uma fase do desenvolvimento das crianças não significa que elas devem ser ignoradas ou aceitas pelos pais, principalmente se as mesmas forem rotineiras.
7 Há casos em que a mordida pode ser sinal de que a criança está com problemas ?
Em alguns casos, este comportamento pode sinalizar um problema de ordem emocional. Se as mordidas passam a ser frequentes, a criança pode estar insatisfeita, ansiosa, com sentimento de rejeição ou tentar chamar atenção através da agressividade. Quando isso acontece, a família e a escola precisam acompanhar de perto e com atenção para descobrir as possíveis causas . Caso necessário referenciar a um Psicólogo. No entanto, os casos de ordem emocional não são em si a maioria (Graças a Deus!).
Texto adaptado de artigos pela Dra Graciely Galvão ( Luzes da Sabedoria)
PALAVRAS QUE TODAS AS CRIANÇAS PRECISAM OUVIR ...
As crianças são seres humanos, pequeninos, mas sensíveis. Inocentes, por vezes amedrontados, por vezes histéricos, curiosos, para eles tudo na vida é novo!
Quando tudo é novo o medo pode ser grande e a autoestima pequena.
Lembre-se, eles não estão na sua vida para apoiarem as suas necessidades emocionais, não são pequenos robôs para controlar e dar ordens, são pessoas!
Precisam de aprender a ser resilientes, a amar, a cuidar, a gerir os fracassos e frustrações para, posteriormente, os transformar em triunfos. Precisam de uma autoestima positiva e a sua autoestima vem principalmente das ações, exemplos e ensinamentos dos pais.
A psicóloga Sherrie Campbell fez uma lista de 7 FRASES que as crianças precisam ouvir frequentemente, algumas todos os dias. São elas:
1. Te amo
Pode dar muitas coisas aos seus filhos, mas o amor não é palpável, por isso tem que lhe dizer muitas vezes o quanto o ama. Só assim a criança sente o quanto é amada e valiosa para si. Sentirem-se amados dá-lhes força e coragem, dá-lhes confiança. Eles sabem que os ama independentemente de errarem ou não. Dizer que os ama também os ensina a amar, a amarem-se a eles próprios e aos outros.
2. ESTOU ORGULHOSA DE você
As crianças anseiam pela aprovação dos pais. O apoio dos pais é fundamental para um desenvolvimento saudável. Embora, por vezes, até possa não estar totalmente de acordo com a forma como eles fazem as coisas, deve elogiar o seu esforço, o seu trabalho.
Tenha orgulho nos seus filhos!
3. ERREI E ESTOU ARREPENDIDA
Os filhos têm tendência a achar que os pais são perfeitos, mostre-lhe que também erra, que não é perfeita e que também se pode arrepender.
Aceitando as suas próprias fraquezas com honestidade, eles percebem que a perfeição não é possível, que todos erram e que também não têm de ser perfeitos. Isso aumenta a sua autoestima, serão mais tolerantes com eles e com os outros.
4. te perdoo
Todos cometemos erros, falhamos, fazemos más escolhas, todos somos imperfeitos e não gostamos que nos lembrem indefinidamente sobre uma má escolha ou de um erro. As crianças também não!
As crianças têm que perceber as consequências dos seus atos, das suas escolhas, mas não têm que estar sempre a ser lembradas dos erros e das falhas, muito menos humilhadas publicamente.
Como pais temos o dever de encontrar um equilíbrio, entre as consequências das suas ações e os seus sentimentos. Ensinar-lhes que a imperfeição existe é muito importante.
Devemos perdoá-los e jamais condená-los.
5. ESTOU A OUVIR
É muito importante ouvir, simplesmente ouvir. Os filhos precisam de sentir que os pais se interessam pelo que eles têm para dizer, que os pais estão disponíveis para eles.
Deve ouvir e ajudar os seus filhos a pensar nas consequências e dar pistas para os ajudar a tomar as suas próprias decisões, deixá-los serem eles a comandar a conversa e a levá-la para onde querem. Deve ouvi-los sem distrações, com objetividade e sem argumentar.
Ouvir um filho é um ato de amor. Muitas vezes, o que nos querem contar é o que os preocupa, são as suas dúvidas, pelo que os devemos ouvir atentamente, sem julgar ou apontar caminhos.
6. A RESPONSABILIDADE É SUA
É necessário deixar as crianças sentirem responsabilidade, deixar as crianças, de acordo com a sua idade e grau de desenvolvimento, tomar as suas decisões e fazer as suas escolhas. Só assim aprenderão e, no futuro, saberão escolher com segurança.
7. você tem TUDO PARA TER SUCESSO
O conceito de sucesso como um resultado direto do esforço e persistência começa muito cedo. A autoestima é a armadura de proteção da criança contra os desafios da vida.
Os pais devem ajudar os filhos a conhecer os seus pontos fortes e fracos, e a viver bem com eles. Pois só assim eles ficam preparados para lidar com as pressões e conflitos do dia-a-dia. Serão otimistas e realistas e saberão que têm o que precisam para ter sucesso.
Celebre todas as suas vitórias e sucessos e apoie todas as derrotas, ensine que as falhas e as derrotas fazem parte da vida e que, com elas, aprenderão a alcançar o sucesso e a estabilidade interior.
A autoestima deve ser apoiada e desenvolvida desde cedo com consistência e autenticidade.
É o amor e a disciplina que os vão orientar e formar, e consequentemente torná-los mais realizados e felizes.
Texto adaptado e traduzido por Dra Graciely Galvão ( Luzes da Sabedoria )

